Sititev realiza assembleia geral no sábado

Depois de ter enfrentado mais uma luta na justiça em busca de aumento real de salário e melhores condições de trabalho para os funcionários do setor Têxtil, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis e do Vestuário de Rio do Sul e Região (Sititev), obteve o que consideram o pior resultado de todos os tempos, 3% de aumento. A direção da entidade atribui o resultado à Reforma Trabalhista e à falta de reconhecimento de alguns empresários. Com este sentimento o Sititev realiza no sábado, 21 de julho, a Assembleia Geral, a partir das 15h, no Sindicato dos Metalúrgicos. Fechando assim um ciclo de assembleias que foram realizadas em Ituporanga, Pouso Redondo, Agrolândia e Taió.

Neste ano, para tentar reverter este quadro o Sititev aposta na indignação da classe. Que ficou evidente após as quatro assembleias na região, em que o número de participantes aumentou em relação a 2017. “Quanto maior a participação dos trabalhadores, maior é a nossa força para negociar melhores salários e condições de trabalho, por isso estamos otimistas este ano; os trabalhadores não aceitam mais um aumento que representa pouco mais de R$ 30,00 reais para quem recebe o piso”, diz a presidente do Sititev, Zeli da Silva.

Ela ressalta que durante as assembleias os trabalhadores irão definir a pauta de reivindicações que será encaminhada para a análise do Sindicato Patronal (Sinfiatec).

Dados apontam crescimento

Para a presidente do Sititev, o cenário econômico, favorece um resultado mais positivo para os trabalhadores. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor industrial catarinense encerrou o primeiro trimestre de 2018 com o terceiro maior crescimento da produção no país. E o segmento têxtil ficou em quarto entre os que mais se destacaram com 11,2%.

As vendas da indústria do estado fecharam janeiro de 2018 com crescimento real de 12,87% na comparação com o mesmo mês de 2017. Os dados são do Observatório da Indústria, instituição responsável pelas estatísticas do Sistema Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que revelou também que as vendas do setor têxtil, tiveram um aumento de 29,2%. “Se fala muito em crise, mas não é o que os dados das entidades que representam a indústria no estado apontam. Há muitas estratégias de mercado, mas o setor tem condições, sim, de valorizar quem produz as riquezas”, afirma Zeli.

Ainda de acordo com a análise do Observatório da FIesc, a indústria catarinense tem puxado a alta na geração de empregos, em fevereiro foram criados cerca de 12 mil empregos formais, sendo o que mais gerou vagas no país. O destaque na indústria catarinense ficou por conta do segmento têxtil e do Vestuário, que criou 3,8 novos postos de trabalho. “Ninguém contrata se não houver serviço, se há trabalho, é porque está vendendo e lucrando. Cabe ao trabalhador do setor fazer a sua parte e ir à assembleia. A participação na assembleia geral é descisiva para que o sindicato possa negociar com os patrões. Espero que todos compareçam para que possamos construir juntos as propostas que vamos apresentar para o sindicato patronal e tentar melhorar as condições de vida da nossa classe trabalhadora ”, finaliza Zeli.